segunda-feira, 30 de março de 2009

TUDO TEM TRÊS LADOS

Sem querer cair em filosofia barata, nem no lugar comum. As coisas são simples demais. O que complica é o ser humano. O fato é que a maior parte do sofrimento das pessoas vem do foco cada vez mais míope no próprio umbigo.

Qualquer, qualquer assunto que envolva duas pessoas, terá ao final três lados. Isso porque ninguém é racional em questões pessoais. Passionais. Duas pessoas podem te contar histórias completamente distintas sobre um mesmo fato sem que nenhuma delas esteja mentindo. O que aconteceu, ninguém terá isenção suficiente pra te dizer. O problema está na dificuldade em reconhecer as próprias deficiências, as próprias falhas.

Soma-se a isso, a dificuldade natural de qualquer ser humano em olhar para os próprios defeitos e ao egoísmo latente que o impede de admitir que o outro também tenha umbigo. O problema sempre será o cabeça dura do seu amor, o amigo sem tempo que te decepcionou, do chato do seu chefe ou dos seus pais repressores. Em contra partida, os pais sempre terão os filhos inconseqüentes, amigos ocupados com coisas que você nem se dá conta e que também são falhos, os chefes terão a insubordinação como desafio e os amores sempre terão as teimosias dos próprios amores.

E isso se estende a tudo. De briga no trânsito a religião. Do BBB ao Collor gerindo Orçamento. Tudo tem três lados.

Levando em consideração que a questão envolva apenas dois pontos de vista. Se envolver mais pessoas, meu caro, prepare-se pra ver a quantidade de lados crescendo exponencialmente, em um polígono onde as vértices jamais se convergirão ao centro.
O resultado dessa equação sempre será imprevisível e só uma das vértices está em nosso poder controlar ou não. Não há receita ou fórmula. A sugestão, indo pra filosofia barata e caindo no lugar comum, é cuidar de você. Simplificar tudo. Se respeitar antes de mais nada. Racionalizar sempre que possível. Respirar sempre e fundo. Se conhecer e reconhecer em cada gesto.
MENTE QUIETA, ESPINHA ERETA E CORAÇÃO TRANQUILO

quinta-feira, 26 de março de 2009

FASE OM

Não pense que o mundo acaba
ali onde a vista alcança.
Quem não ouve a melodia
acha maluco quem dança.
Se você já me explicou
agora muda de assunto.
Hoje eu sei que mudar dói,
mas não mudar dói muito.

Dizia Erasmo de Rotterdan que o pai da loucura é Platão. A mãe dela é a juventude e dizem que teve um irmão que batizou entusiasmo e mora no Maracanã. Passeia em casais abraçados e dorme no colo de Yansã.

A natureza não precisa de arte.
O amor não precisa do poeta.
Às vezes, é o porto que parte
e é o alvo que procura a seta.
Talvez seja filosofia.
Talvez seja falta de assunto.
Mas não há quem dirá (quem diria).
A verdade só, só junto.
Que junto a verdade aparece
e ser só metade é ser só.
E só quem amou sabe disso.
Gigante olha a pedra e vê pó.

quinta-feira, 19 de março de 2009

VARIAÇÕES SOBRE O MESMO TEMA

Matérias da IstoÉ desta semana:

- Lula o plano 2014.
Seja qual for o resultado das urnas em 2010, o presidente desenha seu futuro, que inclui a criação de um instituto, um "exílio" no sítio e caravanas internacionais. Tudo para voltar ao palácio do planalto nos braços do povo

- Bicadas Tucanas.
A disputa entre José Serra e Aécio Neves pela indicação à Presidência não é mais um jogo de cavalheiros.

- O político meirelles.
Presidente do Banco Central articula, nos bastidores, candidatura ao governo de Goiás e, se Lula convidar, aceita até filiação ao PT.
- Ex-presidente Collor admite que bloqueio da poupança foi um erro - Folha On Line 18/03/2009.
QUE ADIANTA A LUTA NA MESA DO BAR?

terça-feira, 17 de março de 2009

O MESMO ASSUNTO

Desculpe mas me cansa repetir a mesma coisa.
Todo dia insistindo em fazer saltar os olhos o que os olhos não conseguem enxergar.
Desculpe mas me cansa repetir o mesmo assunto, ou pior, perdê-lo no turbilhão de frases feitas. E a mim falta saúde pra agüentar. Em mim não sobrou ilusão mas de sã consciência lhe afirmo. Farei o possível se for pra ajudar, mas se não, não quero esse papo doente e sem conseqüência palpável. Não conte comigo pra filosofar.
Eu quero é na sombra da velha mangueira amar a morena e sentar num papo sem pressa mexendo o canudo num copo de maracujá.
Você apareça que a gente aprecia. Por Deus, nem precisa avisar.
Mas usa essa mente sem acrobacia. Clareza é preciso tentar.
No fundo eu compreendo a tua cuca e a tua culpa eu também sinto. Mas não acho justo a gente se iludir.
Que adianta a luta na mesa do bar?
Enquanto não for pra valer apareça lá em casa sem medo ou remorso pra com alegria ajudar quem não tem.
Oswaldo Montenegro

segunda-feira, 2 de março de 2009

GABI


Amor que não se pede. Amor que não se mede.

Feliz aniversário, meu amor. Sempre estarei aqui, pro que precisar.

Deus te abençoe muito, muito. Hoje e sempre.

WORKAHOLIC X WORKLOVER

Estive em férias no início de fevereiro. Por incrível que pareça, é nessas horas que mais acredito precisar de terapia. Não sei se é normal, mas quando está chegando a data de sair, começo a “não querer” sair. Gosto do que faço, sinto prazer. Sinto falta. Saudades até. Só pode ser doença.

Então sai. Durante os 6 primeiros dias acordei no horário de sempre, sem despertador. Confesso que tentei entrar no email corporativo. Me bloquearam. Sacanagem. Olhei no calendário quanto tempo ainda tinha. Ai, fui relaxando, relaxando, pondo a leitura em dia, relaxando, tomando um solzinho aqui, outro acolá, relaxando... Olhei no calendário. O horário me impede de escrever o que pensei mas, enfim, a verdade é que “não queria” voltar. Se eu não queria sair, como posso não querer voltar? Só pode ser doença.

Foi ai que li essa matéria bacana publicada em 18/02/2009 no UOL, por Viviane Macedo. Devo ser normal.

“Viciados em trabalho versus apaixonados pelo trabalho. Essa talvez seja a principal e mais visível diferença entre workaholics e worklovers. No primeiro caso, o profissional pode passar mais de 12 horas seguidas trabalhando, sem se importar com a ausência em casa ou com outros compromissos, e achar absolutamente normal estar sempre estressado e com a cabeça nos negócios da empresa. Já worklovers amam o que fazem, se dedicam à atividade com verdadeira paixão, mas nem por isso se excluem de outras áreas da vida.

"O Worklover é um apaixonado pelo trabalho, então tem uma disposição muito diferente do workaholic, que é aquele que foge da vida pelo trabalho, que tenta se esconder dos problemas atrás dos papéis do escritório. O worklover se envolve no que faz, mas não necessariamente trabalha 15 horas por dia - o que se for preciso também faz com satisfação", explica Wanderley Codo, coordenador do Laboratório de Psicologia do Trabalho da Universidade de Brasília, que depois de anos de estudos e pesquisas chegou a esse perfil de profissional.

PERIGO: CHEFE WORKAHOLIC
Sempre agitado, com trabalhos intermináveis e exigente, o workaholic, principalmente quando ocupa um cargo de gestão, tende a não se acostumar com o dia-a-dia normal dos outros profissionais e quer de todos o mesmo nível de comprometimento com o trabalho que ele tem, o que em sua cabeça significa trabalhar, trabalhar e trabalhar, esquecendo da vida. "Ele acha que todos precisam ser como ele - ficar na empresa muito além do horário, levar trabalho pra casa, respirar relatórios. E considera falta de comprometimento qualquer comportamento que seja diferente do seu", afirma Maira Habimorad, diretora da DMRH.
Mas isso acontece inconscientemente. Segundo a consultora da DBM, Irene Azevedo, a maioria dos workaholics não se vê dessa maneira e poucas vezes percebe que está excedendo o limite de trabalho. "Normalmente ele não percebe que está trabalhando mais do que o normal e por isso mesmo passa a exigir que a equipe ande no mesmo ritmo acelerado e compulsivo que ele", explica Irene.

TRABALHO PRAZEROSO
Remuneração, status, mercado - esses são pontos analisados por muitos antes da escolha da profissão. O erro acontece quando a pessoa, ainda jovem, esquece de avaliar e colocar peso importante no quesito satisfação, prazer. Com o tempo, o profissional percebe o quanto isso faz diferença na carreira.

"O trabalho é a única atividade exclusivamente humana, é, portanto fonte de muito prazer a partir do momento que constrói uma identidade. Então, quando o trabalho não significa nada para a pessoa, não realiza", avalia Codo.

SERÁ QUE VOCÊ É?
Ser um worklover, ok. Apesar de, às vezes, também trabalhar um pouco além da conta, tem boa qualidade de vida, alimenta outros setores da vida e não centraliza a vida no trabalho, pelo contrário, faz dele mais uma área de realização. Mas ser um workaholic, aí sim é preocupante, mais até do que possa parecer.
Fazer do trabalho o centro e o único motivo da vida, não é bom para ninguém. "Qualquer pessoa que perde a noção de todas as dimensões que a vida abrange, precisa de ajuda para enxergar com mais clareza", garante Irene. Pare e pense. Quantas horas você trabalha por dia? Está deixando outras áreas da vida de lado? Costuma desmarcar compromissos pessoais por conta de trabalho? É cobrado pela ausência com a família? Fica mais tempo na empresa do que o horário normal todos os dias? Leva trabalho para casa?

Respondeu sim para mais de uma dessas perguntas, cuidado, você pode ser um workaholic. "Nesse caso, procure ajuda - um coach, uma terapia. É necessário ver a vida como um todo e colocar o trabalho no espaço que lhe cabe e não fazer com que ele preencha todo o resto. É preciso tomar consciência de tudo que está deixando de lado", finaliza Irene.”