quarta-feira, 25 de fevereiro de 2009

A VIDA É ASSIM...

Sempre acho que namoro, casamento e romance tem começo, meio e fim. Como tudo na vida. Em verdade, detesto quando escuto aquela conversa: 'Ah, terminei o namoro...'
'Nossa, quanto tempo?'
'Cinco anos... Mas não deu certo... acabou'


Não deu?!?!?!?! Claro que deu! Deu certo durante cinco anos, só que acabou. E o bom da vida, é que você pode ter vários amores.


Não acredito em pessoas que se complementam. Acredito em pessoas que se somam. Às vezes você não consegue nem dar cem por cento de você para você mesmo, como cobrar cem por cento do outro? E não temos esta coisa completa.


Às vezes ele é fiel, mas não é bom de cama.
Às vezes ele é carinhoso, mas não é fiel.
Às vezes ele é atencioso, mas não é trabalhador.
Às vezes ela é malhada, mas não é sensível.


Tudo nós não temos. Perceba qual o aspecto que é mais importante e invista nele. Pele é um bicho traiçoeiro. Quando você tem pele com alguém, pode ser o 'papai-mamãe' mais básico que é uma delícia.E às vezes você tem aquele sexo acrobata, mas que não te impressiona...

Acho que o beijo é importante (se é!!)... e se o beijo bate, se joga!!! Se não bate... mais um Martini por favor... e vai dar uma volta.


Se ele ou ela não te quer mais, não force a barra. O outro tem o direito de não te querer. Não lute, não ligue, não dê piti. Se a pessoa tá com dúvida, problema dela, cabe a você esperar ou não. Existe gente que precisa da ausência para querer a presença. O ser humano não é absoluto. Ele titubeia, tem dúvidas e medos mas se a pessoa REALMENTE gostar, ela volta.


Nada de drama. E depois, que graça tem alguém do seu lado sob chantagem, gravidez, dinheiro, recessão de família? O legal é alguém que está com você por você. E vice-versa. Não fique com alguém por dó também. Ou por medo da solidão. Nascemos sós. Morremos sós. Nosso pensamento é nosso, não é compartilhado. De fato, quando você acorda, a primeira impressão é sempre sua, seu olhar, seu pensamento. Tem gente que pula de um romance para o outro.Que medo é este de se ver só, na sua própria companhia?


Gostar dói. Você muitas vezes vai ter raiva, ciúmes, ódio, frustração.Faz parte. Você namora um outro ser, um outro mundo e um outro universo. E nem sempre as coisas saem como você quer...A pior coisa é gente que tem medo de se envolver. Se alguém vier com este papo, corra, afinal, você não é terapeuta. Se não quer se envolver, namore uma planta. É mais previsível.


Na vida e no amor, não temos garantias. E nem todo sexo bom é para namorar. Nem toda pessoa que te convida para sair é para casar. Nem todo beijo é para romancear. Nem todo sexo bom é para descartar. Ou se apaixonar. Ou se culpar.


Enfim... Quem disse que ser adulto é fácil?

Arnaldo Jabor

sexta-feira, 13 de fevereiro de 2009

A XENOFOBIA E SEUS GRAUS


Em 08 de Fevereiro de 2009, os suíços votaram em massa a favor do prolongamento e da extensão à Bulgária e à Romênia acordos de livre circulação dos trabalhadores entre a União Européia e a Confederação, segundo resultados oficiais divulgados pela agência ATS. O "sim" ao referendo conseguiu 59,6% dos votos e se impôs em 22 dos 26 cantões. O acordo permite que 200.000 europeus trabalharem na Suíça desde 2002.

Com a atual crise econômica, os especialistas receberam com surpresa essa vitória. Temiam o medo da população em abrir suas fronteiras diante do aumento do desemprego.

O resultado gerou fortes reações dos ultraconservadores, vinculados especialmente aos partidos políticos de direita, temendo a invasão por parte dos búlgaros e romenos e a consequente diminuição da oferta de trabalho e qualidade de vida dos "nativos".

Em meio a esse cenário, no último dia 11 de fevereiro, a brasileira Paula Oliveira foi atacada por 3 homens, supostamente neonazistas em Dübendorf, na Suíça. O ataque, amplamente divulgado pela imprensa, foi feito com estilete e, além das retaliações por todo o corpo com a sigla SVP (Partido do Povo Suíço), Paula sofreu aborto de uma gestação de 3 meses. Eram gêmeos. A brasileira não corre risco de morte e pretende se recuperar em sua terra natal, Recife.

A hipótese de xenofobia é fortalecida porque não houve assalto ou estupro. Além disso, Paula estaria falando com a mãe ao celular e em português no momento do ataque, ocorrido na saída de uma estação de trem por volta das 19h local. O SVP é conhecido por sua tendência anti-imigrantes, chegando a lançar, em 2007, um cartaz onde 1 ovelha negra era expulsa do país por 3 ovelhas brancas, com o slogan "Por mais Segurança".

De acordo com informações do Itamaraty, Paula é advogada bem sucedida do grupo controlador dinamarquês A. P. Moller - Maersk. Vivia com um suíço, pai dos gêmeos e estava legalmente no país. Exigem atitudes enérgicas das autoridades suecas que, em um primeiro momento, chegou a cogitar a possibilidade de auto mutilação.

Até aqui, temos todas as informações amplamente divulgadas pelos noticiários. É absolutamente impossível imaginar o que essa mulher e sua família estão passando. Infelizmente, qualquer posição enérgica de quem quer que seja, servirá apenas como paliativo pra uma dor muito maior e sem data para expirar. Portanto, só temos a pedir que Deus ilumine seu caminho e que faça com que suas vidas possam seguir em frente.

Xenofobia é a fobia em se relacionar com grupos ou pessoas diferentes, física ou culturalmente. Não envolve ódio como normalmente é associado. Pelo menos, não necessariamente.

O movimento da imprensa nesses últimos dias é louvável, tradução explicita da indignação nacional. Mas no caso de Paula, não posso acreditar que o que incomoda e traz a exigência de uma posição enérgica por parte das autoridades competentes, é o fato de ser brasileira, legal, grávida, de gêmeos, boa filha e profissional bem sucedida. Foi um crime contra um ser humano. Crime esse que se repetiu ao menos 5.000 vezes em 2008 em todo o mundo, com no mínimo 10% de mortes.

No Brasil, mata-se porque o seu rival veste a camisa do time de futebol adversário. Polícia atira primeiro e pergunta depois, principalmente nas periferias. Bandido mata por R$ 10,00.

Milhões de pessoas, de crianças, passam fome. Simplesmente não tem meios de SOBREVIVENCIA. Milhares de pessoas choram seus mortos em uma guerra sem fim em nome de ideais religiosos e conquista de terras.

Espero sinceramente que esse momento sirva pra população, o Governo, o Itamaraty, o Bispo que disse que o Holocausto não existiu e o Papa que o absolveu, reflitam sobre os CRIMES CONTRA A HUMANIDADE e o que cada um, em seu papel PRECISA fazer para reverter o quadro.

Para o surgimento de gerações que consigam enxergar que não existe diferença. Não existe diferença entre nações, entre povos. Não existe diferença entre a atrocidade cometida na Suíça e a menina de 14 anos que levou uma uma bala perdida na barriga, também grávida, e que hoje teve sua morte cerebral declarada. Que não há diferença entre o brasileiro morto no metrô de Londres e a estudante que sofreu queimaduras por todo o corpo durante um trote universitário. Que não há diferença entre os mortos de 11 de setembro, os mortos na Faixa de Gaza e os mortos de fome na África.

São só vidas. Vidas que pedem urgência em respeito.

Fonte: France Presse
Folha de São Paulo
Estado de São Paulo
O Globo

KIKO!


Momento babação de ovo...
Feliz Aniversário, meu irmão, meu amor.
Que Deus te ilumine, te abençoe e proteja sempre, sempre, sempre.
Te amo muito! Beijo enorme.

segunda-feira, 9 de fevereiro de 2009

CANALIZE INTERESSE

Esse texto surgiu da conversa com uma amiga que dizia: não estou conseguindo ler como antes, leio um pouquinho e já paro. Falei então sobre canalizar o interesse. Ouvi de volta um: Disserta! (disserta foi muito bom, rs). A continuidade da conversa segue abaixo.

Em resumo, nosso dia a dia é composto por uma série de atividades. Sejam elas profissionais, físicas ou mentais, prazerosas ou não, com o passar dos anos imprimimos em nosso organismo a forma como vivemos. Se em algum momento, por qualquer motivo, uma dessas atividades deixa de existir, precisamos suprir nosso organismo com outra atividade de igual valia. Se você sempre gostou de ler e não está conseguindo, perde a concentração ou dispersa, podemos partir do pressuposto que você "se interessa" por leitura ainda que não a esteja desenvolvendo no momento.

A leitura ocupa então uma vaga importante na sua vida pertencente à categoria dos “prazeres”. Se você não está conseguindo ler, está automaticamente lhe tirando um prazer, já que sempre gostou de fazê-lo, concorda???

Logo, você não pode simplesmente fechar o livro e esperar que seu foco volte porque estará automaticamente tirando do seu dia a dia um prazer sem reposição. O mais provável é que feche o livro e fique virando de um lado pro outro na cama tentando dormir. Está substituindo um prazer por uma quase tortura.

Portanto, precisamos canalizar o "interesse" para alguma coisa que nos de "prazer". O tempo que estaria lendo, canalize para um bom filme, um passeio ao ar livre, um belo sorvete ou muito beijo na boca, mas enfim, substitua um prazer pelo que lhe dá prazer. Isso é o mais importante. Você NUNCA pode substituir um prazer por qualquer outra coisa que não seja prazer... Não pode, "já que não consigo ler quando chego em casa", ficar até as 22h no trabalho. Substituir prazer por obrigação NUNCA dá certo.

Isso serve para as atividades não prazerosas também. Você não pode deixar de ir trabalhar, pegar ônibus, metrô ou trânsitos lotados para passar o dia na praia. Ok, até recomendo que faça isso de vez em quando. Mas acredite, depois de 2 ou 3 dias assim você vai achar tudo um saco e rezar para que seu chefe aceite aquele atestado médico assinado pelo seu primo residente.

Nós precisamos das obrigações também.

Cerca de 90% das pessoas que conheço e que se dizem infelizes por algum motivo, trocaram atividades de maneira errada. Uma criança, por exemplo, é uma dádiva na vida de qualquer família, certo? De fato a muito de prazer nas diversas obrigações que os pais ganham com a chegada do herdeiro. Mas nenhuma troca de fralda suja nesse mundo substituirá a partida de futebol, cerveja e petiscos engordurados com os amigos ou uma bela tarde em um salão de belezas sem preocupações. Repito a todos os meus amigos. Os avós, tios e padrinhos estão ai para isso. Não SE esqueçam. Lembre-se que vocês costumavam até namorar...

Voltando ao livro, ao iniciar a nova atividade para substituir o prazer deixado de lado, você gradativamente retomará o gosto pela leitura. E retomará porque aquilo está impresso em você como um prazer. Nunca deixará de ser. E terá ao final de tudo, uma vantagem a mais. Redescobrirá a leitura e terá adquirido um novo prazer. Talvez ler assistindo a um filme, tomando um sorvete...

quarta-feira, 4 de fevereiro de 2009

A GUERRA PASSIONAL

90 ANOS DE CONFLITO
PALESTINA - A Terra Prometida
e os riscos de uma canetada mal dada.
A Palestina, estreito trecho de favorável passagem entre a Ásia e África, foi palco no decorrer dos séculos de incontáveis conquistas pelos mais variados exércitos por constituir um corredor natural.
A partir da 1ª Grande Guerra, o território passou a sofrer controle britânico, dando fim ao Império Otomano. Nesse momento, iniciou-se a imigração judaica para a região, estimulada pelo movimento sionista nascido na Europa no século IXX, em reação à perseguição aos judeus no continente. Em princípio, os sionistas chegaram a cogitar outras terras para a criação de uma nação judaica como Argentina e Chipre. Ocorre que a Palestina era a terra prometida por Deus a Abraao, e os valores históricos e religiosos foram determinantes.
Entre 1890 e 1922, a população judaica na Palestina dobra, de 40 mil para cerca de 85 mil. Em 1947 os judeus já são 600 mil, para 1,3 milhão de árabes. Os judeus começam a formar grupos paramilitares.
No mesmo ano, a ONU aprova a partilha da Palestina em 2 Estados, sob o forte impacto do Holocausto de 6 milhões de judeus pela Alemanha nazista. Judeus ficariam com 56% do território, e um Estado árabe seria formado no restante. Iniciam-se os confrontos. Árabes alegam que a partilha não obedeceu obedeceu à proporção entre as populações. Israel declara independência em 1948, os grupos paramilitares se fundem em exército e o novo país é invadido por tropas árabes. Ao final do conflito, com vitória de Israel, o novo país passa a controlar 77% do território. O conflito chamado de Nakba pelos palestinos, mais de 600 mil árabes (muçulmanos e cristãos) foram expulsos ou fugiram de Israel, perdendo casas e propriedades. Apenas 160 mil permaneceram.

1949 - Expansão das fronteiras
Em 1982, seguindo um acordo entre Israel e o Egito alcançado três anos antes, os israelenses se retiram do Sinai.

1987 - Intifada
Entre 1987 e 1993, os palestinos empreenderam uma revolta popular contra Israel que ficou conhecida como Intifada. Marcada pelo uso de armas simples, como paus e pedras lançadas pelos palestinos contra os israelenses, a Intifada incluiu também uma série de atentados graves contra judeus.

1993 - Acordos de Oslo
Em 1993, na Noruega, Israel se compromete a devolver os territórios ocupados em troca de um acordo de paz definitivo. Israel deixa boa parte dos centros urbanos palestinos em Gaza e Cisjordânia, dando autonomia aos palestinos, mas mantém encraves. O prazo é adiado devido a impasses sobre Jerusalém, o retorno de refugiados palestinos, os assentamentos judaicos e atentados terroristas palestinos.

1998 - Processo de paz
Após acordos de paz entre israelenses e palestinos, como o de Oslo (93) e o de Wye Plantation (98), Israel entregou porções de terra aos palestinos.

2000 - Camp David
Em julho de 2000, em Camp David (EUA), Israel ofereceu soberania aos palestinos em certas áreas de Jerusalém Oriental e a retirada de quase todas as áreas ocupadas, mas Iasser Arafat [morto 11 de novembro de 2004, após ficar internado durante 14 dias em um hospital militar na França] exigiu soberania plena nos locais sagrados de Jerusalém e a volta dos refugiados. Israel recusou.
2000 - Segunda Intifada
O segundo levante popular palestino contra Israel que teve início em setembro de 2000 ficou conhecido como segunda Intifada, e começou quando o então premiê de Israel, Ariel Sharon, visitou a Esplanada das Mesquitas, local mais sagrado de Jerusalém para palestinos e judeus (que o chamam de Monte do Templo).
2002 - Muro de proteção
Israel começa a erguer uma barreira para se separar das áreas palestinas com o objetivo de impedir a entrada de terroristas. Palestinos afirmam que a construção do muro é uma anexação de território. A construção inclui série de muros de concreto, trincheiras fundas e cercas duplas equipadas com sensores eletrônicos
2002 - Quarteto
Em outubro de 2002, um enviado dos EUA apresenta pela primeira vez um esboço do plano de paz internacional elaborado pelo Quarteto [EUA, Rússia, União Européia e ONU]. O novo plano segue as linhas traçadas pelo presidente dos EUA, George W. Bush. Prevê o fim da violência, seguido por reformas políticas e nos serviços de segurança palestinos e a retirada de Israel de territórios ocupados.
Forças israelenses cercam Arafat na Muqata (QG do líder) em meio a uma ampla ofensiva lançada após uma onda de ataques terroristas em Israel. Arafat fica proibido por Israel de deixar a Muqata. Fica confinado até antes de sua morte, em novembro de 2004.
2003 - Plano de Paz Internacional
O plano é oficializado em 2003. Seu texto propõe um cessar-fogo bilateral, a retirada israelense das cidades palestinas e a criação de um Estado palestino provisório em partes da Cisjordânia e da faixa de Gaza. Em uma última fase, seria negociado o futuro de Jerusalém, os assentamentos judaicos, o destino dos refugiados palestinos e as fronteiras. Não é mencionado no texto a exigência do governo israelense de que o presidente da ANP (Autoridade Nacional Palestina), Iasser Arafat, morto em 11 de novembro último, seja removido do cargo. Apenas diz que os palestinos precisam de uma liderança que atue duramente contra o terror.
2003 - Mahmoud Abbas
Em maio, assume o cargo de premiê palestino o moderado Mahmoud Abbas, indicado por Iasser Arafat após ampla pressão internacional.
Abbas renuncia cerca de quatro meses depois após divergências com Arafat em relação ao controle da segurança palestina.
2004 - Morte de Arafat
Em novembro, morre o líder da Organização pela Libertação da Palestina, Yasser Arafat.
2005 - Eleição
Em janeiro, Mahmoud Abbas vence as eleições e se torna o novo presidente da Autoridade Nacional Palestina (ANP). Um ano depois, a frustração com seu partido, o Fatah, acusado de corrupção, colabora para a vitória do movimento rival Hamas nas eleições parlamentares palestinas, levando o islâmico Ismail Haniyeh ao posto de premiê.
A vitória do Hamas levou a comunidade internacional --liderada pelos EUA e por Israel-- a empreenderem um boicote financeiro à ANP, detonando crises internas e episódios de violência.
2005 - Plano de retirada
Lançado pelo premiê israelense, o plano unilateral de Sharon --que alega ter tomado essa iniciativa por não contar com interlocutores confiáveis no lado palestino-- visa retirar de Gaza e parte da Cisjordânia 25 assentamentos judaicos e suas forças militares. Convivem hoje no território 1,3 milhão de palestinos e cerca de 8.500 judeus. Facções contrárias à retirada adotam o discurso de não desistir de nenhum centímetro de terra.
2006 - Afastamento de Sharon
Em janeiro, o então premiê israelense Ariel Sharon sofre um derrame cerebral e entra em coma. Ele é substituído interinamente pelo atual premiê, Ehud Olmert. Em março, eleições israelenses dão a vitória ao partido Kadima (centro), de Olmert, e após formar uma coalizão o líder é confirmado no posto de premiê israelense.
2007 - Governo de coalizão palestino
Após meses de negociações, os partidos palestinos rivais Fatah (do presidente da ANP, Mahmoud Abbas) e Hamas (do premiê palestino, Ismail Haniyeh) concordam com a criação de um novo gabinete com poder compartilhado. O acordo foi fechado em Meca (Arábia Saudita) em uma reunião com Abbas, Haniyeh e o líder político do Hamas na Síria, Khaled Meshaal, no dia 8 de fevereiro.
A negociação foi marcada pela violência interna que custou a vida de dezenas de palestinos entre dezembro e fevereiro.

Apesar da comunidade internacional --incluindo Israel-- ter pressionado pela realização do acordo entre os dois movimentos, Israel não tem a intenção de tratar com o novo governo palestino.

O Hamas continua a não aceitar de forma direta ou indireta o reconhecimento de Israel, os acordos firmados e a renúncia à violência, informou um comunicado do Ministério de Relações Exteriores de Israel. Esses três pontos são as exigências da comunidade internacional para o fim do bloqueio financeiro à ANP.
2008 - Intervenção dos EUA
Em janeiro, representantes de Israel e da ANP reúnem-se para recomeçar as negociações sobre o futuro de Jerusalém, os assentamentos, os refugiados palestinos, as fronteiras, a segurança e os recursos hídricos. É a primeira vez que os assuntos são tratados desde Cúpula de Taba, em janeiro de 2001.
As conversas de paz, como muitas tentativas anteriores, não amenizam o clima de guerra entre palestinos e israelenses e os jornais noticiam freqüentemente ataques violentos das duas partes.

Em 13 de março, o Jihad Islâmico (grupo extremista palestino) em Gaza disparar mais de uma dúzia de foguetes contra o sul de Israel após forças secretas israelenses terem matado um de seus líderes em um ataque ocorrido na véspera na Cisjordânia. No dia seguinte, um enviado especial dos Estados Unidos chega ao país para tentar mediar conversações de paz, mas Israel nega cessar-fogo.
Em abril, o presidente da ANP, Mahmoud Abbas, reitera no Egito seu desejo de que o conflito palestino-israelense seja resolvido antes do final deste ano. "Pedimos a todas as partes (envolvidas no processo de paz) que empreguem o esforço máximo para alcançar um acordo antes do final do ano. Queremos conseguir uma solução antes do fim de 2008", afirmou à época.

Além disso, pediu ao presidente americano, George W. Bush, "que trabalhe para que (Israel) cesse a construção de assentamentos judaicos, com o objetivo de chegar a um tratado que garanta a recuperação das fronteiras anteriores a 1967."
Poucos dias depois, ele se reúne com o primeiro-ministro, Ehud Olmert, para discutir detalhes da visita de Abbas aos Estados Unidos e do presidente George W. Bush a Israel. A idéia seria encerrar o conflito que opõe os povos antes do fim do mandato de Bush, em janeiro de 2009. Egito assume controle de Gaza, e Jordânia, da Cisjordânia. População dos territórios incha com os campos de refugiados palestinos.
Nenhum dos dois lados cumpre estritamente qualquer acordo.
Enfim, esse é o retrato da guerra nascida sem fim. Nascida com falta de diplomacia e intolerância em todas as esferas. Nascida de erros remedados e de interesses nada passionais de quem pode se aproveitar. E continuará se aproveitando enquanto puder.